sábado, 18 de janeiro de 2014

0 Crise entre PT e PMDB chega ao Estado

Política

Candidatura de Fátima Bezerra ao Senado é de interesse da executiva nacional do PT

A proposta de isolamento do Partido dos Trabalhadores em uma chapa majoritária encabeçada pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) poderá provocar o lançamento de um nome petista para concorrer ao Governo do Estado. De acordo com informações repassadas à editoria de Política da GAZETA DO OESTE, o deputado estadual Fernando Mineiro, caso se confirme essa possibilidade, será o candidato petista.

Dentro das discussões em torno da formação de uma chapa majoritária, fala-se que o PMDB ficaria cabeça da chapa, ou seja, indicando o candidato ao Governo do Estado. O nome peemedebista hoje é o do ex-senador Fernando Bezerra, no entanto, não se pode descartar a possibilidade do presidente da Câmara Federal, deputado Henrique Eduardo Alves, vir a ser o candidato à chefia do Poder Executivo, assim como o ministro da Previdência Social, senador licenciado Garibaldi Alves Filho, ou mesmo o deputado estadual Walter Alves.

Ainda na chapa que está sendo montada pelo dirigente peemedebista, o deputado federal Fábio Faria (PSD) seria o indicado para ser candidato a vice-governador do Rio Grande do Norte, deslocando assim o atual vice-governador Robinson Faria (PSD) para concorrer a vaga na Câmara Federal. A concorrida vaga para o Senado da República, desejada pelo PT, nas articulações comandadas por Henrique Eduardo seria reservada ao Partido Socialista Brasileiro (PSB). A ex-governadora Wilma de Faria seria a candidata da coalizão. Neste aspecto, os petistas não escondem a insatisfação, na medida em que o isolamento de Fátima Bezerra desagrada o comando nacional do PT, que têm interesse na candidatura de Fátima.

O maior desconforto dos petistas diz respeito ao fato do PMDB priorizar a candidatura do PSB ao Senado da República em detrimento ao PT. Os petistas interpretam a atitude do presidente do PMDB no Rio Grande do Norte como um contragolpe contra o PT exatamente em função do Partido Socialista Brasileiro hoje se colocar como oposição ao Governo Federal.

Neste aspecto, o plano B dos petistas norte-rio-grandenses seria Fernando Mineiro para o Governo do Estado. O companheiro de chapa do petista seria indicado por um partido da base aliada do Governo Federal.

 De acordo com informações repassadas à editoria de Política da GAZETA DO OESTE, uma das opções seria a composição com o Partido Democrático Trabalhista (PDT). O dirigente da legenda no Estado, prefeito Carlos Eduardo, tem dito que não será candidato a nenhum cargo este ano e, portanto, poderia indicar o mesmo da legenda para candidato a vice-governador. No entanto, correntes internas do PT entendem que dificilmente o prefeito de Natal romperá com o PSB já que Wilma de Faria é sua companheira de gestão e também não acreditam que Carlos Eduardo deixará de estar ao lado da família Alves no pleito deste ano.
   
O jornal Folha de São Paulo noticiou ontem que, apesar de ensaiar uma trégua na ameaça de rebelião até a presidente Dilma Rousseff definir seu espaço na reforma ministerial, o PMDB promete endurecer nas negociações com o PT para a formação de palanques regionais.

A  informação do jornal paulista reforça a tese de crise envolvendo as relações entre PT e PMDB não só no Rio Grande do Norte, como também em outros Estados. "A cúpula do partido, reunida anteontem, avaliou a realização de uma pré-convenção para tratar das alianças regionais. Foi discutida uma mudança na orientação para os diretórios locais concedendo maior independência nas composições. As principais divergências entre PMDB e PT estão no Rio de Janeiro, Ceará, Piauí, Bahia, Maranhão e Paraná. PT e PMDB estão "naturalmente" juntos em quatro Estados, segundo levantamento dos peemedebistas", diz trecho da reportagem.

 "Enquanto a reforma ficou estagnada, essa questão dos Estados ainda guarda uma tensão. O PT quer tudo, mas é importante o respeito do partido aos aliados", comentou o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ).

A Folha de São Paulo informou ainda que, em conversa com o vice-presidente, Michel Temer, horas antes do encontro do PMDB, a presidente prometeu definir as mudanças no partido até o dia 29.

Segundo o jornal paulista, a presidente Dilma Rousseff encaminhou ainda um recado de que está realizando consultas aos aliados e que não há definição sobre as trocas.

 "A ideia era acalmar o PMDB, principal aliado, que está irritado por ter ouvido inicialmente que não havia chance de ampliar seu espaço na Esplanada e ganhar um sexto ministério. O PMDB queria a Integração Nacional. Segundo relatos, a discussão dos peemedebistas anteontem começou tensa, mas o vice tentou acalmar os correligionários. Temer teria pedido um voto de confiança a Dilma", finalizou a matéria da Folha.

Fonte: Gazeta do Oeste

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