sábado, 30 de março de 2013

0 Areia Branca! Uma cidade acuada pelo medo da violência urbana










Areia Branca já não é mais a mesma! Onde vamos parar meu Deus? Exclama um morador perplexo com mais um assassinato na cidade. A violência que antes era coisa dos grandes centros urbanos e apenas visto nas lentes de programas de TV, agora é uma triste realidade local. Desde o final do ano pra cá, temos assistido e ouvido atônicos notícias sobre inúmeros crimes como: tentativas e homicídios consumados, assaltos com armas de fogo, roubos, furtos, agressões e até esposo ateando fogo na companheira, que veio a óbito.

Percorrendo as ruas da cidade no início da noite, percebi que são poucas pessoas que ainda mantém o saudável habito de se sentar nas calçadas com suas cadeiras de balanço para pegar uma brisa e prosear com vizinhos e amigos sobre o cotidiano. Agora todos se recolhem cedo para dentro das suas casas, com receio de assaltos e balas perdidas. A costumeira saudação de um povo amável e cordial como um bom dia, boa tarde e boa noite estão sendo substituídos pelo silêncio da suspeita e receio do próximo. Literalmente, Areia Branca é uma cidade acuada pelo medo da violência urbana que explodiu nos últimos meses.



Um morador fez o seguinte desabafo na rede social aqui na internet semana passada: Geralmente, a violência vem acompanhada do progresso, mas aqui em Areia Branca onde está o progresso? Essa indagação me chamou a atenção, pois a pergunta do internauta é respondida por ele mesmo, ou seja, uma das principais razões dos altos índices de criminalidade na cidade advém justamente da omissão dos gestores públicos na implantação de políticas públicas sérias, voltadas para atender as necessidades de emprego e renda, educação, cultura, esporte e lazer de jovens e crianças.  Adolescentes e jovens são facilmente aliciados por criminosos que se aproveitam dessas carências e formam seus exércitos de viciados e consequentemente de delinquentes. O retrocesso e atraso contrastam com o crescimento e desenvolvimento dos demais municípios da região.


O sentimento de impunidade é considerado o maior motivador da prática de todas as espécies de crimes e neste sentido, Areia Branca está entregue a própria sorte. Não dispomos de uma estrutura policial que possa prevenir e nem combater o crime. O pequeno contingente de policiais, bem como suas condições precárias de operação, permite no máximo fazer um policiamento ostensivo e pontual. A polícia tem que ter condições de trabalhar, especialmente de forma investigativa e preventiva. Suspeitos e acusados de vários crimes ficam impunes e sem soluções.  Inquéritos policiais são arquivados por falta de provas, ocasionando inúmeras injustiças. É dever do Governo do Estado garantir a segurança da população e na condição de cidadãos e cidadãs areia-branquenses, devemos exigir que o Estado faça a sua parte, aumentando o número de policiais nas ruas, bem como, mas viaturas circulando por toda a cidade. Por sua vez, o município também tem que fazer a sua parte, equipando e dando condições de trabalho a guarda municipal para fazer a segurança patrimonial e até mesmo pessoal.


Dia 4 de abril próximo, a Câmara Municipal de Areia Branca irá realizar uma audiência pública para discutir a problemática da violência em nossa cidade e contará com a presença de diversas autoridades estaduais e locais, como o Secretário de Segurança Pública Aldair Rocha, o Comandante da Policial Militar do Estado Cel. Araújo,  Tenente Alvibar, responsável pela segurança pública de nossa região. Conclamamos o povo a se mobilizar e comparecer em peso para fazer as indagações necessárias e pedir providências urgentes das autoridades Estaduais e Municipais.





quarta-feira, 27 de março de 2013

2 Crack! Areia Branca pede socorro.


Na década de 90 a maioria das viagens que fazia ao nordeste, saindo do sudeste, era feita por ônibus, como a grande maioria dos migrantes nordestinos que voltavam pra sua terra natal a passeio ou pra ficar. Nesse tempo, viajar de avião era coisa pra rico. O percurso de Santos, São Paulo até Areia Branca no Rio Grande do Norte era longo e cansativo. Quase três mil quilômetros de estrada e a viagem levavam três dias e duas noites. Parecia que nunca ia chegar. A vinda era cheia de alegria e expectativas de revê a sua gente e sua terra, mas a volta era melancólica e triste, cheia de saudades dos dias de alegria que havia passado junto a tantas pessoas e lugares que amava. O ônibus da vinda sempre que parava nos pequenos postos rodoviários de cidadezinhas do interior do nordeste, era subitamente rodeado de crianças, homens, mulheres e até velhos que vinha vender suas cocadas, picolés, milho assado, biscoitos e muitas outras coisas. Muitas dessas crianças e jovens, sabendo que se tratava de passageiros provenientes de São Paulo, se punham a pedir uma moedinha de real para ajudar a comprar comida para si e suas famílias.

Na última década as coisas mudaram muito e houve maior distribuição de renda entre os mais pobres, especialmente no nordeste. Já não é tão comum encontrar essas pessoas vendendo "coisas" e pedindo uma “pratinha” nas paradas. O migrante nordestino passou a viajar mais de avião e menos de ônibus.  Hoje somos abordados o tempo todo por adolescentes e jovens pedindo dinheiro, mas não mais pra comprar comida e sim drogas, especialmente o crack. Essa é a atual realidade infelizmente de minha cidade Areia Branca no Rio Grande do Norte bem como de muitas espalhadas por todo o Brasil. O crack rompeu fronteiras e hoje é a droga do caos social nas grandes, médias e pequenas cidades brasileiras.

O drama dos viciados e suas famílias nas pequenas cidades, como Areia Branca, tem mais um elemento perverso, a falta de estrutura pública e familiar para prevenir, tratar e combater esse mal. Essas cidades se tornaram reféns do crack e pedem socorro.

Ao testemunhar tantos dramas de viciados e suas famílias, resolvi sair a campo e pegar alguns testemunhos  e fotos de jovens dependentes nas ruas de Areia Branca que passo a transcrever abaixo, preservando as suas identidades.






E.P.S. tem 35 anos de idade, soldador de profissão, já foi casado e tem cinco filhos. Oriundo de família bem conceituada na cidade, seu pai recebia pensão da lei de guerra e pode ter uma vida de bom padrão financeiro. Aos 13 anos começou a ter contato com as chamadas drogas lícitas, como cigarro e bebida alcoólica e aos 14 anos teve contato com a maconha, loló e cola. O uso dessas substâncias ilícitas o levou a experimentar aos 18 anos o crack.

Com a morte dos pais, ficou morando na casa dos mesmos e casou-se. Do casamento teve dois filhos com a esposa legítima. Os constantes problemas com uso da droga levou a separação do casal e por causa de muitas dividas contraída, perdeu a casa onde morava. Hoje mora num quarto alugado e pago por seus irmãos.

Diz que foi internado numa clinica por sua família, mas devido à falta de estrutura da instituição e maus tratos, abandonou o tratamento.

O mesmo relatou que certa vez foi humilhado por um traficante ao tentar comprar crack com R$ 4,75 (quatro reais e setenta e cinco centavos), e o mesmo negou e disse pra ele trazer os outros R$ 0,25 (vinte cinco centavos) e que ele era trouxa. Pois o dinheiro da droga servia pra ela comer bem, beber e sair com qualquer “rapariga” que quisesse, além de andar de carro novo. Também diz que já foi espancado por causa do vício.

E.P.S. diz que os poderes públicos de Areia Branca, como a prefeitura, tem que fazer alguma coisa para mudar essa situação e pede a implantação de um programa eficiente de prevenção e tratamento dos viciados, bem como, apoio e assistência as suas famílias.

F.S. tem 20 anos e desde os 14 anos faz uso de crack. Foi abandonado pela mãe ainda criança, juntamente com seu irmão que veio a falecer num acidente de moto e passou a ser ciado pelo pai e avós paternos. Seu pai é um alcoólatra e com a morte do avô, as coisas ficaram bem piores. Seu pai se entregou de vez a cachaça e cometia maus tratos a sua avó, que foi internada na casa do ancião pra preservar a sua integridade física. Coma internação da mesma, que mantinha a casa com sua aposentadoria, ambos, pai e filho, ficaram na rua da amargura. Pra continuar a usar a droga, passou a ceder a casa para outros viciados fumarem e assim ganhava algum resto da “pedra”. Em pouco tempo, a sua casa passou a ser um ponto de usuários de crack e as poucas coisas que sua avó havia deixado na casa, se acabaram ou foram vendidos. Hoje, ele diz que a casa nem portas e janelas tem mais. Largou os estudos muito cedo e até mesmo a aula de capoeira que fazia no Centro Juvenil da cidade abandonou por causa do vício. Vive perambulando pelas suas da cidade com os pés descalços e roupas sujas, pedindo dinheiro e se prostituindo para usar drogas e comer alguma coisa.

O jovem F.S. disse que se tivesse uma oportunidade pra se internar e se tratar, não pensaria duas vezes e aceitaria, pois não aguenta mais essa “vida”.  Pede ajuda aos poderes públicos.

Poderia ficar aqui escrevendo centenas de depoimentos de usuários de crack em nossa cidade, pois hoje Areia Branca vive uma epidemia da droga e não vemos nada ser feito para atenuar esse drama social. Buscando tampar o sol com a peneira, se atribui a falta de policiamento, os altos índices de violência urbana que vem assolando a cidade nos últimos meses, contudo, estudos recentes da ONU dizem que politicas sócias reduzem em muito esse problema. Essa violência que assistimos atônicos e perplexos tem a sua origem nas drogas e esta por sua vez, na omissão do poder público e sociedade. Tráfico de drogas é caso de polícia, mas a prevenção e tratamento dos dependentes químicos e ajuda as suas famílias, é caso de política social. Seria leviano e parcial se dissesse  que este é apenas um problema de Areia Branca, pois infelizmente não é. É um drama nacional, mas por aqui existe um fator que potencializa isso, ou seja, a falta de políticas públicas como: emprego e renda, educação de qualidade, qualificação profissional, lazer, esporte e cultura, deixando a maioria das crianças e jovens ociosos e mais vulneráveis aos efeitos terríveis das drogas.

A batalha contra as drogas através da prevenção e tratamento dos dependentes químicos não é fácil, mas é possível vencermos essa guerra se todos nós, cidadãos e cidadãs areia-branquenses derem as mãos e juntos, poderes públicos e sociedade civil organizada buscarem as soluções através de uma ampla conferência municipal, envolvendo toda a população e as autoridades competentes.




segunda-feira, 25 de março de 2013

5 Entrevista exclusiva com Iraneide Rebouças


Olá amigos e amigas! Sejam todos muito bem vindos ao meu blog. É com muito prazer que venho por meio desse espaço proporcionar informações sobre tudo o que acontece em Areia Branca e região, com o intuito de proporcionar a verdadeira face da Noticia e sobre tudo o que se passa em nosso polo Costa Branca.

Para começar, realizei com exclusividade uma entrevista com a ex candidata a prefeita de Areia Branca Iraneide Rebouças que nos revela um pouco de seu lado pessoal, avalia os acontecimentos das últimas eleições na cidade, bem como comenta sobre suas expectativas para o futuro de Areia Branca.



Perfil da entrevistada:

Iraneide Rebouças tem 51 anos, é enfermeira, funcionária pública federal, esposa do Ex-prefeito de Areia Branca, o médico Dr. José Alfredo Rebouças; mãe de três filhos, sendo a primeira Bartira, médica endocrinologista, a segunda Indira, também médica radiologista e o terceiro, Alfredo Neto, Advogado e tecnólogo em Comércio Exterior.

Iraneide foi primeira dama em Areia Branca na Gestão de seu esposo Dr. José Alfredo, sendo ainda nomeada na mesma ocasião como Secretária de Ação social do Município, desempenhando ações que possibilitaram  um trabalho voltado a toda a população em especial aos que necessitavam de um trabalho de inclusão e desenvolvimento social.  Ocupou  ainda o cargo de vice-prefeita na Gestão do Médico Ruidembergue Souto onde na ocasião esta enviou um projeto para ser votado na câmara onde Iraneide optara em atuar como Secretária de Ação social do Município, sendo considerada assim a primeira Vice Prefeita da cidade a assumir uma secretaria.

BLOG: Iraneide, na última eleição de outubro passado em Areia Branca, você recebeu mais de oito mil votos como candidata da oposição, especialmente dos eleitores mais humildes e dos jovens. O que você tem a dizer a seus eleitores?

IRANEIDE: Primeiramente gostaria de agradecer imensamente a todos as pessoas que acreditaram e ainda acreditam em nosso projeto de governo para Areia Branca e votaram pela mudança e nos confiaram tantos votos. E pedir que nunca percam a esperança de uma Areia Branca feliz para todos. Essa luta por uma cidade melhor não acaba numa eleição. Devemos continuar essa luta todos os dias e nunca perder a fé.

BLOG: Iraneide, você como líder natural da oposição em Areia Branca nos fale sobre quais os planos para o futuro político do grupo?

IRANEIDE: Entendo que o grupo deve buscar se fortalecer cada vez mais através de ações conjuntas e fazer uma oposição de forma responsável e construtiva, sem deixar de cumprir seu papel fiscalizador do executivo, cobrando e propondo ações em favor do povo.

BLOG: Como tem sido a sua relação com a bancada de vereadores da oposição, Nazareno Lemos, Alderi Batista, João de Beguinho, Duarte Jr. e Tonho da COHAB?

IRANEIDE: Vem sendo uma relação bastante amigável, até porque sou democrática e respeito à posição individual de cada um, contudo somos um grupo e devemos lutar em conjunto por uma Areia Branca melhor para o nosso povo. Tenho buscado um diálogo franco e aberto com cada um da bancada da oposição e as nossas relações cada dia se fortalecem. A Câmara realizou a sua segunda sessão recentemente e foi por iniciativa da oposição, na pessoa do vereador João de Beguinho que foi solicitado esclarecimentos ao Executivo sobre a problemática da segurança publica e a onda de violência que vem assolando a nossa cidade nesse início de ano. Estamos nos mobilizando para realizar a audiência pública na Câmara Municipal de Areia Branca dia 4 de abril onde estarão presentes, o Comandante Geral da Polícia Militar do Estado, Coronel Araújo e do Tenente Alvibar, responsável pela segurança pública de nossa região, além do Dep. Estadual Dr. Leonardo Nogueira, representante da Assembleia Legislativa e demais autoridades locais. Essa é uma iniciativa da oposição em Areia Branca.

BLOG: Qual a sua avaliação dos quase três meses do governo de Luana Bruno?

IRANEIDE: Até agora não havia me pronunciado sobre o governo de Luana Bruno, por achar muito prematuro falar de uma administração que acabara de começar. Contudo já se vão quase três meses e não disseram ainda ao povo e a cidade para que vieram. Não podemos esquecer que esse atual governo é continuidade do anterior e que tiveram total liberdade de acesso às informações da prefeitura durante a transição de governo. O governo dela deu início decretando o fechamento dos serviços públicos por 20 dias, numa espécie de “balanço geral”. Considero isso uma falta de respeito muito grande para com os conterrâneos de Areia Branca. A arrecadação do município hoje é de mais de R$ 5.000.000,00 (cinco milhões) por mês e pergunto: Onde estão sendo investidos esses recursos? Desde o início desse governo, temos visto uma crescente escalada da violência que tem deixado à cidade e sua gente assustados e com medo. O sentimento que tenho e que também é compartilhado por boa parte da população é que não existe governo sério. A evasão escolar continua altíssima e não vemos ações práticas como a valorização do professor e estímulo ao Jovem estudante para reverter esse quadro.

BLOG: As comunidades da zona rural, como Serra Vermelha, Reformas 1, 2, 3, Santos Reis, Casqueira, Entrada, Redonda, Morro Pintado, São Cristóvão e Ponta do Mel vem sofrendo há muito tempo com a falta de água. O que você pense sobre isso?

IRANEIDE: Tenho um enorme carinho pelo povo das comunidades rurais de Areia Branca. A água é uma necessidade básica do ser humano e o poder público não pode negligenciar nesse assunto. Estive pessoalmente na Governadoria do Estado onde fiz uma série de revindicações a Sonali Rosado e também a Isaltino Guedes, Secretário Adjunto de Recursos Hídricos, como a perfuração de poços profundos em Ponta do Mel, Morro Pintado e Entrada. Para São Cristóvão, pedi mais um dessalinizador, pois ocorrendo a quebra de um, o outro poder substituir, sem causar grandes transtornos à comunidade. Solicitei ainda providências para instalação de canalização para levar água à comunidade de Serra Vermelha.
   
BLOG: Areia Branca sofre muito por falta de uma política pública séria de emprego e renda, além da ausência de cursos de qualificação Técnica e profissional. Como resolver essa equação econômica-social?

IRANEIDE: A prefeitura pode batalhar pela instalação de empresas e indústrias na cidade, oferecendo isenção fiscal as mesmas como contrapartida e assim gerar muitos empregos e renda.  O comércio local precisa ser estimulado, para impulsionar as vendas e crescer a valorização pelos produtos oferecidos aqui. Hoje a maioria das pessoas se dirige a Mossoró para realizar as suas compras e o dinheiro fica por lá. Não existe organização no comércio de pescado e boa parte do que é produzido aqui, acaba nas mãos de atravessadores.  A cidade de Grossos hoje dispõe de vários cursos superiores, técnicos e tecnológicos e Areia Branca, de forma inexplicável, não consegue desenvolver a educação. O que vemos diariamente é jovem tendo que ir estudar em outras cidades da região e até fora do estado. O ideal é que esse quadro pudesse ser amenizado através de uma política séria voltada para a educação e qualificação das pessoas e principalmente dos jovens que em sua grande maioria se encontram na ociosidade.

BLOG: A cidade tem um enorme potencial turístico, contudo Areia Branca não tem quase nenhuma infraestrutura para desenvolver esse potencial natural e receber os turistas. Fale sobre isso.

IRANEIDE: Areia Branca tem um enorme potencial econômico através da exploração do turismo sustentável, mas infelizmente nada é feito para se dar uma mínima infraestrutura para desenvolver esse potencial. Temos uma faixa de litoral com mais de 45 km de praias belíssimas e não aproveitamos essas riquezas naturais. O projeto do polo turístico não saiu do papel. Hoje temos na Ponta do Mel uma pousada maravilhosa, mas funciona precariamente. Não existe um roteiro gastronômico na cidade e os poucos comerciantes que oferecem esses serviços, não tem quase nenhum apoio do poder público. É preciso que Areia Branca passe por uma readaptação de um projeto sério que possa impulsionar o desenvolvimento da cidade e das potencialidades que a natureza nos presenteou.

BLOG: Areia Branca vem sofrendo muito com o flagelo das drogas, especialmente com o crack. Em sua opinião, o que deve ser feito para resolver ou atenuar esse drama social que atinge toda a população, especialmente os mais jovens e suas famílias?

IRANEIDE: O problema das drogas, não pode ser tratado primeiramente como caso de polícia e sim social. A inexistência de políticas públicas sérias de prevenção e tratamento dos dependentes, bem como a falta de oportunidades de emprego, educação de qualidade, lazer e esporte em minha opinião são as principais causas dessa epidemia terrível. Viciados e suas famílias têm sido vitimados e toda sociedade sofre com isso. Boa parte dessa onde crescente de violência é causada pelo comércio e uso das drogas. Temos que trabalhar a autoestima dessas pessoas e apontar soluções. Tanto os governos federais como o estadual dispõem de vários programas de prevenção e tratamento. O poder público e sociedade civil organizada tem que juntar esforços e buscar trazer esses programas para Areia Branca. Convênios com clinicas como a Fazenda Esperança que também foi sugerido pela bancada oposicionista através do vereador Tonho da COHAB (DEM), podem ser feitos para atender aos dependentes químicos mais carentes, que não podem pagar pelo tratamento.

BLOG: Mesmo após a reinauguração do Hospital e Maternidade Sarah Kubistchek, a saúde pública de Areia Branca continua precária. Como se explica isso?

IRANEIDE: É o seguinte Aldo, na década de 80, era realizado parto normal e cesariano no Hospital Sarah Kubistchek, inclusive tive os meus três filhos no hospital de Areia Branca e hoje lamentavelmente, não existem mais filhos e filhas naturais de nossa cidade. Isto faz com que o Município perca a sua identidade. Como enfermeira sei que a saúde tem que ser preventiva e curativa. O hospital foi reinaugurado as pressas na véspera da última eleição, ou seja, em outubro do ano passado, e até agora apesar de sua estrutura, não realiza procedimentos simples ou complexos, como exames.  O Raio X ainda não funciona e a maioria das pessoas continua tendo que se deslocar para Mossoró e região para ter um atendimento médico mais adequado. Os pacientes ainda tem que ir para as filas na madrugada para conseguir atendimento ambulatorial nos postos de saúde.

BLOG: Iraneide e para finalizar; qual a sua mensagem para o povo de Areia Branca?

IRANEIDE: Peço a todos que se encham de fé e esperança por dias melhores e continuem a exigir seus direitos de cidadãos e cidadãs. Não temam em exigir que os governantes cumpram o que prometeram e tenham vontade política de lutar pelo desenvolvimento de nossa cidade. Eu, Iraneide Rebouças estarei sempre à disposição de vocês para ajudar e lutarmos juntos por uma cidade mais humana, justa e solidária. Por uma Areia Branca Feliz para todos!

Deixo o meu abraço fraterno a todos vocês e intercedo ao nosso senhor Deus para que Ele possa trazer a paz para nossa Areia Branca e que o amor e a união prosperem em cada lar da nossa cidade.
 

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