do Jornal de Fato
Procurador da República, Víor Mariz; Rubens França (PF) e
Wyllo Marques (RF) detalharam o esquema
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Mossoró-RN - A Polícia Federal no Rio Grande do Norte, em
conjunto com a Receita Federal do Brasil e Ministério Público Federal,
deflagrou, na manhã de ontem (17), a "Operação Salt", visando
desmantelar suposta organização criminosa voltada à prática de crimes tributários
e lavagem de dinheiro. O principal investigado é o empresário do ramo salineiro
na região Oeste do Estado, Edvaldo Fagundes de Albuquerque.
Segundo a PF, a investigação, que durou aproximadamente seis
meses, revelou que a organização criava empresas nos ramos da carcinicultura,
tecelagem, salineiro, venda de veículos e combustível, encabeçadas pelos
chamados "laranjas", para o fim de sonegar tributos e promover a
lavagem do dinheiro.
De acordo com a PF, a fraude imputada à atuação do grupo
criminoso gira em torno de R$ 400 milhões, número que pode ser ultrapassado
após a análise dos documentos apreendidos nas sedes das empresas e das pessoas
físicas envolvidas. Participaram da operação, 88 policiais federais.
Ainda conforme a Polícia Federal foram investigadas 37
empresas e cumpridos 21 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça
Federal de Mossoró/RN, nos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Ceará e
Pernambuco. O nome da Operação Salt, sal em inglês, se deve à atuação do
principal investigado, que é empresário do ramo salineiro na região Oeste do
Estado.
Durante a ação, foram apreendidos R$ 47 mil em dinheiro,
joias, veículos de luxo, helicóptero, além de armas e muitos documentos, em
resultado do cumprimento de 23 mandados de busca e apreensão nas empresas de
Edvaldo Fagundes de Albuquerque nos estados do Rio Grande do Norte, Pernambuco,
Paraíba e Ceará.
Em Mossoró, foram apreendidos dois carros de luxo. Os outros
quatro foram em outras cidades. O helicóptero foi recolhido em Natal. Na casa
do empresário em Mossoró, os agentes não encontraram nada. Lá descobriram que
ele havia se mudado para um apartamento, no Centro de Mossoró. Os agentes
conseguiram uma ordem Judicial e estão revistando este imóvel também. Ainda em
Mossoró, foram apreendidos os R$ 47 mil.
Em Grossos, foram apreendidos documentos e um rifle na casa
de um dos suspeitos de ser o contador do empresário Edvaldo Fagundes. Na casa
de uma pessoa apontada como "laranja" das empresas de Edvaldo, em
Mossoró, foi apreendido um revólver calibre 38.
Segundo as informações repassadas em entrevista coletiva
concedida pela PF, MPF e Receita Federal nessa terça-feira, 17, o débito do
empresário Edvaldo Fagundes junto à União já ultrapassa a casa dos R$ 430
milhões.
O trabalho de investigação, que até o fechamento desta
matéria (19h) ainda estava em andamento, teve à frente o procurador da
república, Vitor Mariz, o delegado federal, Rubens França, da Delegacia de
Combate ao Crime Organizado, e Wyllo Marques, delegado da Receita Federal em
Mossoró/RN. Foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão em Mossoró, Catolé
do Rocha, Grossos e Macau. Participaram da operação, 88 policiais federais e 26
agentes da Receita Federal.
Números
R$ 400 milhões é o montante aproximado da fraude, segundo
cálculos da Polícia Federal e Receita Federal.
R$ 47 mil foi o valor, em dinheiro, apreendido nas empresas
de Edvaldo Fagundes.
37 foi o número de empresas em nome de “laranjas”,
investigadas durante seis meses.
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