Foto: Marcela Balbino/BlogImagem |
Na entrevista do governador Eduardo Campos ao sistema JC, o
Blog de Jamildo perguntou ao socialista que vacina ele usaria para combater o
discurso de que ele seria um traidor, numa reclamação recorrente de pessoas
ligadas ao PT e ao PTB, mais recentemente, por supostamente dar às costas a
Lula e ao governo Federal, que investiu em empreendimentos no Estado. O
governador responder que não iria cair em provocação e mandou um recado claro a
Lula e aos petistas, lembrando o que diziam os petistas no Recife e a derrota
retumbante do partido, depois de 12 anos no comando da cidade.
“Eu vou discutir o que interessa à sociedade discutir, que é
o futuro do Brasil e de Pernambuco. A agenda que está na vida das pessoas, esta
é que me pauta. Certo? este discurso de mágoa, de raiva, de ressentimento,
nunca foi minha praia e ele já foi testado e derrotado na eleição de 2012
diante de vocês. vocês assistiram este discurso ser feito e vocês assistiram
ele ser derrotado. não por mim. Quem derrotou este discurso foi a nossa capital
Recife, que, de forma clara, colocou esta questão. Cada um faz o discurso que
entende que deve fazer”.
“O nosso discurso é pautado na agenda do povo, do futuro,
respeitando nossas adversários e nossa história”. Nunca nos afastamos dos
compromissos históricos que tivemos. Em momento nenhum faltamos a luta popular
brasileira. Nunca fizemos aliança com determinado tipo de gente e comportamento
e até achamos que estas alianças como estão feitas eles não vão legar ao Brasil
nada de novo se elas perduram. O que esta aliança política que está em Brasília
hoje tinha que dar ao Brasil, ela já deu. O que ela pode agora é tomar do
Brasil. Tomar esperança, o sonho, a possibilidade de o Brasil retomar o
crescimento, tomar a eficiência, a capacidade de fazer política respeitando a
cidadania, ampliando o muro que existe entre o brasileiro de carne e osso e os
políticos.
“Nós queremos é quebrar o muro que existe hoje entre a velha
política e os brasileiros de carne e osso, que querem uma política mais
transparente e tranquila, que querem uma administração que respeite o dinheiro
público e busque eficiência, que escuta a sociedade, que não ouve o povo só em
época de eleição. Este é o desafio que queremos fazer”.
Em dado momento, a resposta do governador foi mais objetiva
e incisiva ainda, afirmando que os petistas não estão fazendo um julgamento
justo com a sua pessoa.
“Quando você vê a renovação política no Brasil, a candidata
que teve 20 milhões de votos no Brasil expressando a nova política, não tem o
direito de criar um partido pela lei brasileira e procura nesta cena política
alguém que possa expressar esta renovação e procura o PSB para se filiar e me
procura para ser candidato a presidente da República. Você acha que quem está
fazendo um julgamento mais isento: de um lado, o povo pernambucano que me
elegeu com 83% dos votos, do outro uma brasileira que teve 20 milhões de votos
ou alguns companheiros (do PT e também PTB), a quem respeito que acabei de
disputar uma eleição com eles e eles perderam e vou disputar outra eleição com
eles... quem está fazendo este julgamento mais isento? A história é que vai
julgar”.
Respondeu mais, na mesma entrevista ao sistema JC.
- Como o senhor vê esta análise de que o PSB, na oposição,
será uma linha auxiliar do PSDB?
“Olhe, nós estamos terminando um ano que tivemos grandes
resultados a meu ver. Resultado para o estado, sendo o que mais investe no
nordeste. conseguimos preservar todos os investimentos que estavam direcionados
para cá. consolidamos resultados como no pacto pela vida. ano em que
conseguimos atravessar do ponto de vista administrativo com muitas entregas
para 2014 e acho que ganhamos o ano. do ponto de vista político, também
ganhamos, porque tratamos o debate político no Brasil com muito respeito, nós
respeitamos a todos. nunca tive uma palavra de tentar desqualificar seja o
conjunto político da presidente Dilma - muito menos ela pessoalmente com quem
estive publicamente esta semana - como tenha relação de grande respeito, não é
de hoje, com o senador Aécio neves com quem eu não compartilho um palanque
nacional desde as eleições diretas do doutor Tancredo, mas mantive uma relação
respeitosa.”.
- Mas como o senhor vê esta provocação de que será linha
auxiliar do PSDB...
“Nunca desqualifiquei Dilma ou outros grupos. Tenho respeito
que não é de hoje. Eu efetivamente não vou olhar para provação. Vou olhar para
o futuro do país. Eu vi quem fez aliança aqui com o PSDB na última eleição e
2012, vocês viram e noticiaram.”, devolveu a provocação. Silêncio entre os
repórteres.
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