sábado, 21 de dezembro de 2013

0 Em estocada no PT, em Lula e em Dilma, Eduardo Campos recusa pecha de traidor e diz que já derrotou discurso do ressentimento

Foto: Marcela Balbino/BlogImagem
Na entrevista do governador Eduardo Campos ao sistema JC, o Blog de Jamildo perguntou ao socialista que vacina ele usaria para combater o discurso de que ele seria um traidor, numa reclamação recorrente de pessoas ligadas ao PT e ao PTB, mais recentemente, por supostamente dar às costas a Lula e ao governo Federal, que investiu em empreendimentos no Estado. O governador responder que não iria cair em provocação e mandou um recado claro a Lula e aos petistas, lembrando o que diziam os petistas no Recife e a derrota retumbante do partido, depois de 12 anos no comando da cidade.

“Eu vou discutir o que interessa à sociedade discutir, que é o futuro do Brasil e de Pernambuco. A agenda que está na vida das pessoas, esta é que me pauta. Certo? este discurso de mágoa, de raiva, de ressentimento, nunca foi minha praia e ele já foi testado e derrotado na eleição de 2012 diante de vocês. vocês assistiram este discurso ser feito e vocês assistiram ele ser derrotado. não por mim. Quem derrotou este discurso foi a nossa capital Recife, que, de forma clara, colocou esta questão. Cada um faz o discurso que entende que deve fazer”.

“O nosso discurso é pautado na agenda do povo, do futuro, respeitando nossas adversários e nossa história”. Nunca nos afastamos dos compromissos históricos que tivemos. Em momento nenhum faltamos a luta popular brasileira. Nunca fizemos aliança com determinado tipo de gente e comportamento e até achamos que estas alianças como estão feitas eles não vão legar ao Brasil nada de novo se elas perduram. O que esta aliança política que está em Brasília hoje tinha que dar ao Brasil, ela já deu. O que ela pode agora é tomar do Brasil. Tomar esperança, o sonho, a possibilidade de o Brasil retomar o crescimento, tomar a eficiência, a capacidade de fazer política respeitando a cidadania, ampliando o muro que existe entre o brasileiro de carne e osso e os políticos.

“Nós queremos é quebrar o muro que existe hoje entre a velha política e os brasileiros de carne e osso, que querem uma política mais transparente e tranquila, que querem uma administração que respeite o dinheiro público e busque eficiência, que escuta a sociedade, que não ouve o povo só em época de eleição. Este é o desafio que queremos fazer”.

Em dado momento, a resposta do governador foi mais objetiva e incisiva ainda, afirmando que os petistas não estão fazendo um julgamento justo com a sua pessoa.

“Quando você vê a renovação política no Brasil, a candidata que teve 20 milhões de votos no Brasil expressando a nova política, não tem o direito de criar um partido pela lei brasileira e procura nesta cena política alguém que possa expressar esta renovação e procura o PSB para se filiar e me procura para ser candidato a presidente da República. Você acha que quem está fazendo um julgamento mais isento: de um lado, o povo pernambucano que me elegeu com 83% dos votos, do outro uma brasileira que teve 20 milhões de votos ou alguns companheiros (do PT e também PTB), a quem respeito que acabei de disputar uma eleição com eles e eles perderam e vou disputar outra eleição com eles... quem está fazendo este julgamento mais isento? A história é que vai julgar”.

Respondeu mais, na mesma entrevista ao sistema JC.

- Como o senhor vê esta análise de que o PSB, na oposição, será uma linha auxiliar do PSDB?

“Olhe, nós estamos terminando um ano que tivemos grandes resultados a meu ver. Resultado para o estado, sendo o que mais investe no nordeste. conseguimos preservar todos os investimentos que estavam direcionados para cá. consolidamos resultados como no pacto pela vida. ano em que conseguimos atravessar do ponto de vista administrativo com muitas entregas para 2014 e acho que ganhamos o ano. do ponto de vista político, também ganhamos, porque tratamos o debate político no Brasil com muito respeito, nós respeitamos a todos. nunca tive uma palavra de tentar desqualificar seja o conjunto político da presidente Dilma - muito menos ela pessoalmente com quem estive publicamente esta semana - como tenha relação de grande respeito, não é de hoje, com o senador Aécio neves com quem eu não compartilho um palanque nacional desde as eleições diretas do doutor Tancredo, mas mantive uma relação respeitosa.”.

- Mas como o senhor vê esta provocação de que será linha auxiliar do PSDB...

“Nunca desqualifiquei Dilma ou outros grupos. Tenho respeito que não é de hoje. Eu efetivamente não vou olhar para provação. Vou olhar para o futuro do país. Eu vi quem fez aliança aqui com o PSDB na última eleição e 2012, vocês viram e noticiaram.”, devolveu a provocação. Silêncio entre os repórteres.

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