O deputado Ronaldo Caiado
(GO), líder do DEM na Câmara, criou o “Movimento Mais Médicos Livres”. Apresenta
a novidade como uma “iniciativa pluripartidária” destinada a apoiar os médicos
cubanos importados pelo Ministério da Saúde com a intermediação da Opas.
Segundo Caiado, o movimento
dará “suporte jurídico e político” aos cubanos que desejam pedir asilo para
permanecer no Brasil. Um direito que, segundo o Advogado-Geral da União Luís
Inácio Adams, o governo planeja sonegar: “Me parece que não têm direito a essa
pretensão. Provavelmente seriam devolvidos”.
O ‘Médicos Livres’, declara
Caiado, oferecerá atendimento em Brasília e nos Estados. De resto, promoverá
dois gestos. Num, pedirá ajuda à CNBB e à OAB. Noutro, tentará obter
autorização da Câmara para enviar uma missão de deputados a Genebra, onde estão
sediadas a OIT e a OMS.
Planeja-se questionar nas
duas entidades a legalidade da contratação dos médicos cubanos. No dizer de
Caiado, a Opas converteu-se numa espécie de “navio negreiro do século 21”. Ele
realça as diferenças entre os cubanos e os profissionais de outras
nacionalidades atraídos pelo programa Mais Médicos.
Os médicos europeus, diz
Caiado, têm direito de ir e vir, de receber o salário de R$ 10 mil oferecidos
pelo governo e de escolher a cidade que vai trabalhar. Os cubanos têm os
passaportes retidos, não podem trazer os familiares, não escolhem a cidade de
destino e têm o grosso do seu salário “expropriado” pelo governo de Cuba.
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