São Paulo - Os participantes do Exame Nacional do Ensino
Médio (Enem) de 2013 poderão concorrer a 171.756 vagas em instituições públicas
de ensino superior a partir de segunda-feira, 6, quando o Sistema de Seleção
Unificada (Sisu) abre as inscrições. O número de vagas é 33% maior do que o
ofertado no primeiro semestre do ano passado.
O Sisu centraliza as vagas em instituições de ensino
superior, sobretudo federais, que adotam o Enem como processo seletivo único
para seus cursos ou parte deles. Durante o período de inscrições, os candidatos
podem testar se é possível ingressar nos cursos pretendidos a partir da nota de
corte divulgada ao fim de cada dia. As inscrições ficam abertas até o dia 10 e
são feitas pela internet.
Neste ano, o Sisu teve adesão de 115 instituições, contra
101 em 2013. O número de cursos também aumentou, chegando a 4.731 opções (salto
de 26%), de acordo com levantamento feito pela reportagem no site do sistema -
onde já é possível consultar as vagas disponíveis. A maior concentração está no
Nordeste - quase 40% das vagas estão nessa região -, seguido por Sudeste (28%),
Sul (13%), Centro-Oeste (12,5%) e Norte (7%).
Estreia
O Estado com a maior oferta de vagas é Minas, com 20.029
cadeiras. Isso porque é também o Estado com o maior número de instituições de
ensino participantes, 18 no total. Entre elas está a Universidade Federal de
Minas Gerais (UFMG), que estreia neste ano no Sisu.
Segunda maior federal do País, ficando atrás apenas da
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a UFMG oferece neste primeiro semestre 3.535
vagas. São 77 cursos. A UFRJ adotou o Enem como vestibular em 2012.
Outra grande universidade federal a aderir ao Sisu em 2014 é
a de Brasília (UnB), que preencherá 50% das vagas com quem fez o Enem. A
instituição tem 88 cursos no sistema, com a oferta de 1.986 vagas.
A adesão da UnB acabou com um mal-estar dentro do Ministério
da Educação (MEC), uma vez que a universidade participava da realização do
Enem, com o Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe), mas mantinha
vestibular próprio.
O Sisu foi criado em 2010, após a reformulação do Enem,
feita no ano anterior. Com a mudança - que foi do número de questões até o
sistema de correção de itens -, o Enem passou a ser usado como vestibular.
O plano do MEC era avançar com maior velocidade na adesão
das instituições, mas os problemas na aplicação do exame nas três primeiras
edições (em 2009, 2010 e 2011) deixaram as instituições reticentes. Assim,
muitas universidades preferiram aguardar edições sem problemas, como registrado
nas duas últimas provas, e também comparar a experiência das instituições na
seleção dos ingressantes.
Peso
Todas as 59 universidade federais usam o Enem de alguma
forma em sua seleção, apesar de algumas ainda não entrarem no Sisu. É o caso
das federais de Santa Catarina (UFSC) e do Rio Grande do Sul (UFRGS), por
exemplo, em que o exame tem peso na nota final do vestibular próprio.
As três universidades federais do Estado de São Paulo, além
do Instituto Federal de Educação (IFSP, antigo Cefet-SP), já aderiram ao Sisu.
A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), entretanto, adota vestibular
próprio para cursos da área de saúde, como Medicina. Neste Sisu, São Paulo tem
10.304 vagas - 8% (ou 760 vagas) a mais do que em 2013.
A Lei de Cotas exige que, em 2014, o mínimo de
25% das vagas de cada curso nas instituições federais de ensino sejam ocupadas
por estudantes de escola pública. Metade deve ser de renda familiar igual ou
inferior a 1,5 salário mínimo per capita e a proporção de negros e indígenas de
cada Estado deve ser respeitada entre os cotistas.As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo
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