Política
Candidatura de Fátima Bezerra ao Senado é de interesse da
executiva nacional do PT
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A proposta de isolamento do Partido dos Trabalhadores em uma
chapa majoritária encabeçada pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro
(PMDB) poderá provocar o lançamento de um nome petista para concorrer ao
Governo do Estado. De acordo com informações repassadas à editoria de Política
da GAZETA DO OESTE, o deputado estadual Fernando Mineiro, caso se confirme essa
possibilidade, será o candidato petista.
Dentro das
discussões em torno da formação de uma chapa majoritária, fala-se que o PMDB
ficaria cabeça da chapa, ou seja, indicando o candidato ao Governo do Estado. O
nome peemedebista hoje é o do ex-senador Fernando Bezerra, no entanto, não se
pode descartar a possibilidade do presidente da Câmara Federal, deputado
Henrique Eduardo Alves, vir a ser o candidato à chefia do Poder Executivo,
assim como o ministro da Previdência Social, senador licenciado Garibaldi Alves
Filho, ou mesmo o deputado estadual Walter Alves.
Ainda na chapa que
está sendo montada pelo dirigente peemedebista, o deputado federal Fábio Faria
(PSD) seria o indicado para ser candidato a vice-governador do Rio Grande do
Norte, deslocando assim o atual vice-governador Robinson Faria (PSD) para
concorrer a vaga na Câmara Federal. A concorrida vaga para o Senado da
República, desejada pelo PT, nas articulações comandadas por Henrique Eduardo
seria reservada ao Partido Socialista Brasileiro (PSB). A ex-governadora Wilma
de Faria seria a candidata da coalizão. Neste aspecto, os petistas não escondem
a insatisfação, na medida em que o isolamento de Fátima Bezerra desagrada o
comando nacional do PT, que têm interesse na candidatura de Fátima.
O maior desconforto
dos petistas diz respeito ao fato do PMDB priorizar a candidatura do PSB ao
Senado da República em detrimento ao PT. Os petistas interpretam a atitude do
presidente do PMDB no Rio Grande do Norte como um contragolpe contra o PT
exatamente em função do Partido Socialista Brasileiro hoje se colocar como
oposição ao Governo Federal.
Neste aspecto, o
plano B dos petistas norte-rio-grandenses seria Fernando Mineiro para o Governo
do Estado. O companheiro de chapa do petista seria indicado por um partido da
base aliada do Governo Federal.
De acordo com
informações repassadas à editoria de Política da GAZETA DO OESTE, uma das
opções seria a composição com o Partido Democrático Trabalhista (PDT). O
dirigente da legenda no Estado, prefeito Carlos Eduardo, tem dito que não será
candidato a nenhum cargo este ano e, portanto, poderia indicar o mesmo da
legenda para candidato a vice-governador. No entanto, correntes internas do PT
entendem que dificilmente o prefeito de Natal romperá com o PSB já que Wilma de
Faria é sua companheira de gestão e também não acreditam que Carlos Eduardo
deixará de estar ao lado da família Alves no pleito deste ano.
O jornal Folha de São
Paulo noticiou ontem que, apesar de ensaiar uma trégua na ameaça de rebelião
até a presidente Dilma Rousseff definir seu espaço na reforma ministerial, o
PMDB promete endurecer nas negociações com o PT para a formação de palanques
regionais.
A informação do
jornal paulista reforça a tese de crise envolvendo as relações entre PT e PMDB
não só no Rio Grande do Norte, como também em outros Estados. "A cúpula do
partido, reunida anteontem, avaliou a realização de uma pré-convenção para
tratar das alianças regionais. Foi discutida uma mudança na orientação para os
diretórios locais concedendo maior independência nas composições. As principais
divergências entre PMDB e PT estão no Rio de Janeiro, Ceará, Piauí, Bahia,
Maranhão e Paraná. PT e PMDB estão "naturalmente" juntos em quatro
Estados, segundo levantamento dos peemedebistas", diz trecho da
reportagem.
"Enquanto a
reforma ficou estagnada, essa questão dos Estados ainda guarda uma tensão. O PT
quer tudo, mas é importante o respeito do partido aos aliados", comentou o
líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ).
A Folha de São Paulo
informou ainda que, em conversa com o vice-presidente, Michel Temer, horas
antes do encontro do PMDB, a presidente prometeu definir as mudanças no partido
até o dia 29.
Segundo o jornal
paulista, a presidente Dilma Rousseff encaminhou ainda um recado de que está
realizando consultas aos aliados e que não há definição sobre as trocas.
"A ideia era
acalmar o PMDB, principal aliado, que está irritado por ter ouvido inicialmente
que não havia chance de ampliar seu espaço na Esplanada e ganhar um sexto
ministério. O PMDB queria a Integração Nacional. Segundo relatos, a discussão
dos peemedebistas anteontem começou tensa, mas o vice tentou acalmar os
correligionários. Temer teria pedido um voto de confiança a Dilma",
finalizou a matéria da Folha.
Fonte: Gazeta do Oeste
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