- Reprodução FacebookJosé Fernandes Castelo, 19, foi morto por policiais militares após furar bloqueio em Mossoró (RN)
O comando da Polícia Militar do Rio Grande do Norte determinou nesta segunda-feira (15) o afastamento de seis policiais militares que estavam em uma blitz no último sábado (13), em Mossoró (278 km de Natal), que resultou na morte de um universitário de 19 anos.
A vítima não teria observado a ordem de parar na barreira policial e atropelado três pessoas, quando teve o carro atingido por disparos. Um procedimento administrativo de investigação também foi aberto para averiguar a conduta dos militares na ação.
Segundo a Polícia Militar, José Fernandes Castelo morreu após a ocorrência policial, quando teria "desobedecido a ordem de parada dos policiais de serviço". Depois de negar a parada, o jovem teria praticado "direção perigosa", o que teria resultado no atropelamento de pedestres.
Os policiais relataram que houve uma longa perseguição pelas ruas de Mossoró, só concluída após os disparos --que primeiramente teriam atingido os pneus do veículo. O universitário estava sozinho em um Civic e ainda foi socorrido pelos policiais, mas morreu no hospital.
Castelo era natural de Tauá (CE) e estudava engenharia civil na Universidade Potiguar desde o início do ano. No mesmo dia em que foi abordado e morto pelos policiais, o jovem postou, em sua página no Facebook, fotos de bebidas em uma suposta festa em que estaria em um condomínio residencial em Mossoró, onde disse que estava "tirando a ressaca da vaquejada".
O sepultamento do jovem foi realizado na manhã desta segunda-feira.
Investigação
A polícia informou que os militares que participavam da ação foram levados à delegacia, onde foram ouvidos pela equipe de plantão. "Após os procedimentos investigatórios iniciais, todas as armas de posse dos Militares envolvidos na ocorrência foram recolhidas a fim de servir como base para os exames balísticos", informou a PM, citando que os policiais também foram ouvidos por um oficial no 2º Batalhão da PM.
Segundo nota, a PM diz que o afastamento dos militares que "atuaram diretamente na ação" ocorreu para "preservar a seriedade e a legalidade das investigações". Eles ficarão fora do serviço operacional até a conclusão do processo administrativo.
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