Do UOL, em Brasília
Pesquisa de opinião
divulgada pela CNT (Confederação Nacional dos Transportes) em parceria com o
instituto MDA divulgada nesta terça-feira (10) mostra que a presidente Dilma
Rousseff tem 36,4% das intenções de voto para as eleições de 2014, três pontos
percentuais a mais que na pesquisa anterior. No entanto, a presidente não
venceria a disputa no primeiro turno.
Na pesquisa anterior,
divulgada pela CNT/MDA em 16 de julho, ainda sob o impacto da onda de
manifestações que se espalhou pelo país em junho, a presidente estava com
33,4%, uma queda de 19 pontos percentuais com relação à pesquisa em anterior
divulgado pelo mesmo instituto em 11 de junho, que não captou os efeitos dos
protestos. Naquela pesquisa, Dilma estava com 52,8% das intenções de voto e
venceria as eleições já no primeiro turno.
A ex-senadora Marina Silva,
possível candidata à Presidência pela Rede Sustentabilidade –que busca
conseguir seu registro como partido na Justiça Eleitoral--, tinha 20,7% das
intenções em julho e 12,5% em junho. Marina também subiu e aparece agora com
22,4% das intenções de voto.
O senador Aécio Neves,
provável candidato do PSDB, detinha 15,2% das intenções de voto na pesquisa de
julho e 17% na de junho e aparece agora com o mesmo percentual: 15,2%.
O governador de Pernambuco,
Eduardo Campos (PSB), também possível candidato à sucessão presidencial, estava
com 3,7% das intenções em junho e subiu para 7,4% em julho, caindo agora para
5,2%.
Foram entrevistadas 2.002
pessoas, em 135 municípios de 21 unidades da federação, das cinco regiões,
entre os dias 31 de agosto e 4 de setembro de 2013. A pesquisa tem margem de
erro de 2,2 pontos percentuais.
Outros cenários e segundo
turno
Na pesquisa espontânea,
Dilma ainda é o nome mais lembrado pelos entrevistados para as eleições de
2014, com 16% de menções. Ela é seguida pelo ex-presidente Lula (9,7%), Marina
Silva (5,8%), Aécio (4,7%), Eduardo Campos (1,6%), o ex-governador de São Paulo
José Serra (1%), do PSDB, o atual governador paulista, Geraldo Alckmin (0,5%),
também do PSDB, e o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa
(0,5%), sem partido.
Os pesquisadores também
consultaram os entrevistados sobre em quem votariam em um eventual segundo
turno. Dilma vence em todos os cenários. Contra Marina Silva, Dilma teria 40,7%
dos votos, vencendo a adversária, que teria 31,9%. Dilma teria 44% dos votos
contra 24,5% de Aécio Neves, e 46,7% contra 16,8% de Eduardo Campos.
INTENÇÕES DE VOTO PARA 2014
Arte/UOL
A margem de erro é de 2,2
pontos percentuais
Se o segundo turno fosse
excluísse Dilma, Marina Silva venceria Aécio Neves (39% contra 22%) e Eduardo
Campos (45% contra 12,5%). Já na disputa entre o tucano e o pessebista, Aécio
levaria a melhor, com 30,9% contra 14,9% de Campos.
Os entrevistados foram
questionados ainda sobre qual partido gostariam de ver na Presidência da
República a partir de 2015. A principal resposta dos entrevistados foi
"não sabe/não respondeu", opção de 39,1%, seguida por
"nenhum", com 26,56%. O PT foi o mais lembrado, com 21,9%; seguido
pelo PSDB, com 4,5% e pelo PMDB, com 3,1%. O partido de Marina Silva, Rede
Sustentabilidade, ainda não foi oficialmente criado e não aparece na pesquisa.
Rejeição e limite de voto
A pesquisa CNT/MDA sondou os
entrevistados sobre a rejeição e o limite de votos dos candidatos.
Dilma é a pré-candidata mais
conhecida (apenas 0,8% declaram que não a conhecem), mas também a mais
rejeitada: 41,6% não votariam na presidente de jeito nenhum.
A rejeição de Marina Silva
ficou em 30,8%; contra 36,8% de Aécio e 33,5% de Campos.
O pré-candidato mais
desconhecido é Eduardo Campos -- 34,7% declaram não conhecer o governador de
Pernambuco.
Aprovação do governo
De acordo com a pesquisa,
aprovação ao governo Dilma também melhorou e chegou a 38,1%, contra 21,9% que
desaprovam. Na pesquisa anterior, divulgada pela CNT/MDA em 16 de julho, sob o
impacto da onda de manifestações que se espalhou pelo país em junho, Dilma
tinha aprovação de 31,3%, ante a 54,2% da pesquisa anterior, divulgada em 11 de
junho.
A aprovação pessoa da
presidente era de 73,7% em junho e oscilou negativamente para 49,3% em julho.
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