Mossoró é um dos 61 destinos
prioritários para as companhias aéreas, mas que não dispõe de infraestrutura
suficiente para entrar na rota comercial do País.
O município é o único do Rio
Grande do Norte que consta numa lista elaborada pelas empresas e entregue ao
Governo Federal.
D acordo com o documento, a
capital do Oeste possui demanda para receber voos regulares de aviões com pelo
menos 50 assentos.
A lista inclui cidades
nordestinas como Feira de Santana (BA), Sobral (CE) e Arapiraca (AL).
No dia 4 deste mês, em
entrevista ao JORNAL DE FATO, Renato Fernandes, secretário de Estado do
Turismo, confessou que a Azul Trip espera apenas uma reforma mínima no
aeroporto Dix-sept Rosado para começar a operar.
Em abril, representantes da
empresa visitaram a cidade para manifestar ao Poder Público municipal e
estadual a disposição de operar no aeroporto, sob a condição de se reformar sua
infraestrutura.
O secretário disse que a
governadora Rosalba Ciarlini determinou à Secretaria de Estado de
Infraestrutura (SIN) algumas providências para elaborar projetos de orçamentos
para a reforma – a primeira delas seria aumentar a estrutura de combate a
incêndio.
Uma reunião seria realizada
no dia 9 para tratar do assunto, mas, de acordo com Fernandes – em entrevista
concedida ontem (11) por telefone –, uma viagem da governadora a Brasília
inviabilizou a discussão, que foi adiada para quando a chefe do Executivo
voltasse da capital federal. Na pauta, projetos exclusivos para o aeroporto
mossoroense.
Ao jornal Folha de São Paulo,
Eduardo Sanovicz, presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas
(ABEAR), disse que as companhias teriam condições de operar nas cidades
listadas em 90 dias se os projetos de infraestrutura saíssem do papel.
O problema, contudo, parece
ser justamente esse, pelo menos no RN: levar as reformas à prática. Projetos
para Mossoró não faltam, incluindo a reforma ao aeroporto atual e a suposta
construção de um novo, maior e mais “adequado à importância econômica da
cidade” – ambos de 2011.
O governo, contudo, tem tido
dificuldades para executá-los.
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