KARINA KOVALICK
LONDRES
A última peça em cartaz no
tradicional Shakespeare Globe, teatro londrino criado em homenagem ao bardo,
deu o que falar. Escrita em 1590, “Titus Andronicus” mostra um lado menos
conhecido de Shakespeare: além de construir personagens complexos e apaixonantes,
ele também podia explorar a violência de forma que faria até Quentin Tarantino
chorar.
O “Independent” fez um
balanço das 51 perfomances: 100 pessoas foram embora ou desmaiaram diante das
cenas mais fortes, que incluem 14 mortes, estupro e mutilação. Entre os que
desmaiaram, estava a própria crítica do jornal, Holly Williams. Mesmo assim,
ela não deixou de elogiar a montagem:
“Uma confissão: eu desmaiei.
Não estou sozinha: o público está indo ao chão como moscas nesse revival da
infame montagem de Lucy Bailey em 2006. Então eu não posso palpitar sobre o Ato
III, cena ii — mas se é qualquer coisa como o restante dessa produção
vigorosamente encenada, comicamente mórbida e completamente desenfreada,
provavelmente foi excepcional”, escreveu.
A diretora Lucy Bailey viu
de forma positiva a reação do público: “Eu acho realmente maravilhoso. As
pessoas conseguiram se conectar tanto com os personagens e se emocionar que
isso acabou tendo um efeito visceral”.
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