Essa semana o RN ultrapassou a milésima morte violenta. Mossoró alcançou a marca de 100 e Areia Branca 15
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A milésima morte intencional
aconteceu depois de uma perseguição policial que começou em Pirangi de Dentro,
Parnamirim, e terminou em Taborda, São José de Mipibu.
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“Desde 2011 que eu venho
falando isso. O Governo não fez nenhum investimento na parte investigativa e
pericial da nossa polícia. Quando não se leva o criminoso para a justiça, ele é
preso e solto. Ele volta a delinquir. Quando ele volta para as ruas, ele sente
essa sensação de impunidade. Ele vem com mais força ainda e contra até as
pessoas que representam autoridade”, destacou Ivênio Hermes.
Com a impunidade no RN, o
Estado acaba se tornando um atrativo para criminosos de outras regiões. “Se um
Estado vizinho nosso, como a Paraíba, por exemplo, está investindo em
policiamento, eles percebem que lá a condição para cometer crime está
complicada. Então eles migram para o Estado onde as facilidades são maiores,
que é o nosso caso. Então nos tornamos um pólo atrativo para os criminoso”,
frisou Ivênio, que ainda destacou a questão social como outro fator para o
aumento da violência.
“Não existiu uma política
pública nos últimos seis anos para colocar os jovens no primeiro emprego. Não
houve aquela busca de retirar o delinquente juvenil da criminalidade e o
colocasse em uma situação de que ele pudesse ter alguma recompensa. Com isso
ele volta a delinquir. E o jovem que está fora do primeiro emprego, mas que
sofre forte influência da criminalidade do bairro, ele vai entrar no mundo do
crime, pois ele encontra facilidade de obter aquelas coisas que ele encontra
todos os dias na mídia, que é a questão do consumo”.
Como solução imediata para
tentar diminuir os números da violência, o especialista em segurança sugere
operações “curtas” nos locais com maiores índices de criminalidade. “Esse
estudo que eu faço, eu trago os locais onde as mortes acontecem, o tipo de
crime entre outras coisas. Quando fazemos isso, criamos a mancha criminal.
Então o que deveria ser feito é o Governo pegar efetivo do policiamento
integrado, não pode ser só PM e nem somente Polícia Civil, e deslocar para
aquela região onde está acontecendo mais crimes. Fazer operações curtas, não
longas. Ir um dia na semana ou duas vezes e fazer a abordagem na região. Pois
se tivermos uma operação longa, os criminosos, que se comunicam, deixam de ir
para aquela região onde está tendo policiamento e partem para outras. Fazendo
operações curtas, o Governo poderia juntar esforços e ir em cada bairro”.
Ivênio ainda lembrou da importância de se aumentar o efetivo do policiamento do Rio Grande do Norte. “Hoje o nosso efetivo policial não atende a demanda e nem mais a Lei de Responsabilidade que consta no programa Brasil Mais Seguro. É importante chamar as pessoas que foram aprovadas nos concursos para completar o quadro. É importante fazer outros concursos e também fazer o novo treinamento com o atual efetivo, pois os policiais precisam ficar mais preparados para o combate. Em várias operações, ou os policiais são baleados, ou o bandido morre, ou então o policial fica marcado pelos bandidos. É preciso treinar esse policial para tentar evitar o confronto”. Declarações foram concedidas ao O JORNAL DE HOJE.
Ivênio ainda lembrou da importância de se aumentar o efetivo do policiamento do Rio Grande do Norte. “Hoje o nosso efetivo policial não atende a demanda e nem mais a Lei de Responsabilidade que consta no programa Brasil Mais Seguro. É importante chamar as pessoas que foram aprovadas nos concursos para completar o quadro. É importante fazer outros concursos e também fazer o novo treinamento com o atual efetivo, pois os policiais precisam ficar mais preparados para o combate. Em várias operações, ou os policiais são baleados, ou o bandido morre, ou então o policial fica marcado pelos bandidos. É preciso treinar esse policial para tentar evitar o confronto”. Declarações foram concedidas ao O JORNAL DE HOJE.
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