DE SÃO PAULO
Ainda na concentração, os
manifestantes que se reuniam na avenida Paulista, na altura da praça do
Ciclista, na região central de São Paulo, afirmavam que partidos políticos não
são bem vindos. "Fora partidos, vocês querem o povo dividido", gritava
a multidão.
Ontem, o PT afirmou que
estava mobilizando seus militantes para participem de manifestações marcadas
para a tarde de hoje em diversas capitais do país. A oposição reagiu. e o líder
do PSDB, o senador Aloysio Nunes Ferreira (SP) disse que a mobilização é uma
"estupidez" porque os atos têm caráter suprapartidário.
Manifestantes fecham pistas
da Paulista; 3.000 PMs reforçam segurança
Cartazes e gritos de ordem
variam entre "fora militantes", "foram Dilma, foram
Haddad". "Já votei no PT, já votei no PSDB, mas hoje não acredito em
partido. Eles são que nem igreja: agem em favor próprio", afirmou Antonio
Marcos Barbosa, 42, funcionário do Tribunal de Justiça.
Na saída da passeata, os
manifestantes sem partido lideraram o grupo, separando as pessoas que estavam
com camisas e bandeiras do PSTU, PSOL, entre outros, para trás, em um segundo
grupo.
No Rio, onde também há
protesto acontecendo na tarde desta quinta-feira, manifestantes chegaram a
rasgar bandeiras da CUT, levadas por alguns grupos.
PROTESTO
Os manifestantes fecharam
por volta das 17h aos dois sentidos da avenida Paulista. O protesto foi mantido
mesmo após a redução das passagens de ônibus, metrô e trem na capital paulista,
anunciado ontem.
O Movimento Passe Livre, que
organiza o protesto, comemorou a redução de R$ 3,20 para R$ 3, mas afirmou que
agora vai lutar para conseguir tarifa zero no transporte público. Ao anunciarem
a redução, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito Fernando Haddad
(PT) disseram que investimentos serão reduzidos.
Por volta das 17h10, a
Polícia Militar ainda não tinha um balanço de quantas pessoas fechavam a
Paulista. O grupo estava concentrado na altura da praça do Ciclista, segundo a
CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).
O movimento era pacífico no
local, segundo a PM, que afirmou haver um reforço no policiamento da região
central de 3.000 homens.
Fonte: Folha de S.Paulo
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