Com a reinauguração realizada as vésperas das últimas
eleições municipais em Areia Branca no mês e outubro passado, o Hospital Sarah Kubitschek
parecia um sonho para milhares de areia-branquenses que vinham sofrendo há mais
de uma década com o atendimento médico hospitalar precário e instalado
provisoriamente nas dependências de uma antiga pousada.
O palanque foi montado, inclusive com convites para a população
irem visitar as instalações antes mesmo da reinauguração, uma espécie de “museu
da saúde”. Quem passava por lá, ficava impressionado com a estrutura do prédio
e dos equipamentos, como o R-X.
Passados mais de sete meses da reinauguração, nem mesmo um
parto cesariano foi realizado. Continua tudo na mesma, ou seja, só tem injeção
de benzetacil, dipirona e voltarem. Exames simples ainda são encaminhados para
unidades de saúde da cidade vizinha de Mossoró e se você precisar de um R-X,
esqueça, ainda não funciona.
Foto: Costa Branca News
Alegando problemas na instalação elétrica do Hospital Sarah
Kubitschek, o R-X nunca tirou uma chapa
sequer. O mais difícil foi conseguido, ou seja, a aquisição do aparelho e o
mais simples, a instalação elétrica, nada feito. Será que a concessionária de
energia elétrica não tem pessoal capacitado para resolver essa “difícil missão”?
Ou será que o problema é de gestão na manutenção do hospital?
É de suma importância que a atual gestão pública municipal
de Areia Branca venha a público e explique a população que sofre a tanto tempo
por falta de atendimento digno de saúde, os motivos pelo qual, o R-X ainda não
passou a operar. É importante que também se diga, o por que de não haver
realizações de partos em nossa cidade.
É fácil encontrar nas redes sociais e grupos de Areia Branca
no facebook, inúmeras reclamações de
munícipes insatisfeitos com a situação precária que vem passando o hospital e
até mesmo, denúncias assédio moral aos funcionários por parte da direção.
A seguir passo a expor uma reclamação de uma mãe que teve o
atendimento médico da filha, negligenciado:
No dia 27 de abril, dia de sábado, uma criança de cinco
anos, do sexo feminino sofreu uma queda ao brincar no playground (parquinho) na
Praça Luiz Batista e feriu seu órgão genital. Preocupada com a saúde da sua
filha, já que no dia seguinte havia sinais de sangramento, a mãe da criança,
Poliana França Ramalho, a levou ao hospital e no dia 28 por volta das 10 horas da manhã foi atendida pela médica Cintia. A mãe disse
que a médica falou que o caso não era de urgência e nem emergência e que não
iria fornecer guia de encaminhamento para Mossoró, mas que ela fosse com a
menina por conta própria.
Saúde é um direito do cidadão e cidadã e dever do estado, do
poder público, assim assegura a nossa Constituição. Portanto, não pode ser negligenciada
e negada. Como guardiã da Lei, a justiça tem que fazer a sua parte e exigir
esclarecimentos da Prefeitura Municipal do por que tão precário o atendimento
de um hospital que deveria ser “modelo”.
Como fiscais do Poder Executivo, o Legislativo
Areia-branquense têm por obrigação solicitar e até mesmo exigir o comparecimento dos
gestores ao Plenário da Casa para dar esclarecimentos e mostrar soluções aos inúmeros
problemas apontados pela população, pois o sonho pintado de “amarelo
e verde”, hoje está se tornando um pesadelo para quem precisa de atendimento
médico, ambulatorial e hospitalar com dignidade.
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